“A linguagem não se fossiliza, e até hoje a distância entre as duas palavras em linguagem de sinais de um chimpanzé treinado e uma conversa sensata de uma criança de três anos se aproxima apenas pela especulação.”
— COLIN PATTERSON
Evolution, 1978
LINGUAGEM
Assim como acontece com as espécies, as línguas também são alteradas por processos graduais evolutivos, ao longo dos anos. Também entram em extinção, mas evoluem de outras formas, horizontalmente, por exemplo, a partir de empréstimos de outras línguas ou processos migratórios. As tentativas de educar jovens chimpanzés tiveram algum sucesso apenas quando os animais aprenderam a língua de sinais. Os chimpanzés não podem reproduzir a fala porque sua anatomia não permite; sua língua e sua laringe estão posicionadas como as de um bebê recém-nascido e, diferentemente dos bebês, essa posição nos chimpanzés não se altera com o tempo.
“As diferenças entre humanos e macacos podem ser devido a duas ou três mutações nos genes reguladores que controlam nosso desenvolvimento. Como resultado dessas mutações, o desenvolvimento humano é mais lento ou retardado — daí as cabeças indefesas e enormes de bebês recém-nascidos, a erupção tardia e o tamanho reduzido de nossos dentes, e o longo período de infância e crescimento, o que permite o aprendizado com os pais e outros que é tão característico da humanidade. (...) Nosso período pós-natal de imaturidade, cerca de 18 anos, é o dobro do dos macacos, assim como a nossa expectativa de vida.”